A ARTE REPRESENTA UMA SENSAÇÃO DO ARTISTA E O SEU TEMPO
O artista transfere para a tela ( no caso do pintor) as suas impressões e como ele interpretou os acontecimentos que ele presenciou, ouviu falar ou imaginou.
Muitos quadros que retratam Cristo e a Santa Ceia e outras milhares de gravuras de Cristo ainda trazem consigo os conceitos europeus e católicos de um Cristo com biotipo branco, de olhos azuis, um elegante europeu, quase um gêrmano... Este quadros representam a cultura e a crença dos europeus em ver o seu salvador semelhante a eles mesmos.
Hoje sabe-se perfeitamente que Jesus tanto pelos estudos antropológicos como pelo aprofundamento teológico (profeta Isaías descreve o Messias como um figura sem nenhuma beleza física que chamasse a atenção, que o Messias parecia uma raiz seca do deserto) era uma pessoa sem traços meigos e delicados como os das gravuras, mas provavelmente tinha os cabelos enrolados, pele ressecada, nariz sobressalente, olhos fundos, barba desalinhada, um típico judeu de classe baixa. Mas os artistas da Idade Média o via como um belo exemplar europeu.
As artes arquitetônicas também representam sensações, só que muitas vezes, pela sua grandeza, não é somente a sensação de um artista, mas de um classe social, de um povo, de uma época. Assim vemos as piramides como representação das crenças dos egípcios na vida após a morte. No período de expansão do cristianismo a igreja católica romana e grega ortodoxa construiram suntuosas igrejas pelo mundo, da mesma forma os muçulmanos contruiram esplendorosas mesquitas. Os grandes estádios, autódromos e ginásios esportivos revelam as atividades de entretenimento dos homens da nossa época.
Os prazeres, os objetos de consumo e os desejos de nossa geração são retratados em milhares de artes, desde o design de um carro à moda de um vestido. Se a nossa geração sumisse da Terra e não deixasse nada escrito sobre quem eramos nós, somente pelos objetos, letreiros, móveis, roupas, brinquedos, veículos, ornamentos, construções e por várias expressões artísticas impressas em nossos pertences pessoais, os nossos sucessores seriam capaz de descrever a humanidade do século XXI.
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