Detalhes sobre alguns dos artistas viajantes que passaram pelo Brasil:
(1555) Jean Gardien acompanha Jean de Léry em uma viagem ao Brasil. A viajem resultou na publicação de Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil em 1578.
(1630-1654) Franz Post, Albert Eckhout, Georg Marcgraf e Zacharias Wagener acompanham João Mauricio de Nassau-Siegen durante o período do domínio holandês no nordeste brasileiro.
(1815-1818) A expedição “Rurick”, organizada pelo chanceler do Império Russo, Romanzov, traz o pintor e litógrafo Louis Choris. A passagem pelo país se deu apenas na ilha de Santa Catarina.
(1816) A Missão Artística Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, trouxe em 1816 artistas como os pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay, os escultores Auguste Marie Taunay, Marc e Zéphirin Ferrez e o arquiteto Grandjean de Montigny. Esse grupo organizou, em agosto de 1816, a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, transformada, em 1826, na Imperial Academia e Escola de Belas-Artes.
(1817) A Missão Científica Austríaca chega ao Brasil como parte da comitiva da princesa Leopoldina, prometida em casamento ao príncipe D. Pedro. Entre eles o zoólogo Johann-Baptiste von Spix e o médico e botânico Carl Friedrich Philipp von Martius, ambos alemães, que editam após suas viagens grandes obras referentes aos seus estudos, entre eles, o livro Flora Brasilienses. Os valiosos desenhos atualmente estão acessíveis na internet graças ao projeto Flora Brasiliensis On-line, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Natura Cosméticos e Fundação Vitae de Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social. O austríaco Tomas Ender também fez parte da comitiva. Nos três volumes de Viagens ao Brasil nas Aquarelas de Thomas Ender é possível encontrar 796 imagens - entre paisagens rurais e urbanas, cenas do cotidiano e retratos de pessoas e objetos de uso caseiro - pintadas por ele entre 1817 e 1818.
(1821-1826) A escocesa Maria Dundas Graham Callcot, autora do Diário de uma Viagem ao Brasil publicado em 1823 foi, entre esse ano e 1826 preceptora da jovem princesa D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal. Nesse período tornou-se amiga íntima da imperatriz, Arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria, com quem compartilhou seus interesses pelas ciências naturais.
(1824 e 1829) A expedição Langsdorff, que contou com a presença de grandes artistas viajantes como o alemão João Mauricio Rugendas e francês Hercules Florence.
(1882-1884) Johann Georg Grimm vem para o Brasil e torna-se professor na Academia de Belas Artes. Foi um dos artistas que levou os alunos para fora dos ateliês, para terem contato com a natureza, e influenciou os padrões acadêmicos da pintura das paisagens. Outros pintores estiveram no Brasil no século XIX, também com objetivos artísticos, como o suíço Abraham Louis Buvelot, o francês Henrique Nicolau Vinet, que se fixou no Rio de Janeiro, e o francês François-Auguste Biard.
Fuente:
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=14&id=131&tipo=0
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